Influência Moral do Médium
Ary Brasil Marques
Nas comunicações mediúnicas, o médium é apenas o intermediário. Ao contrário do que muita gente pensa, o espírito comunicante não entra no corpo do médium. Ele exerce sua influência agindo sobre a mente do médium, aproveitando os recursos existentes no cérebro deste, inclusive os conhecimentos de linguagem que o mesmo tem.
Em qualquer comunicação, no entanto, torna-se difícil separar o que é do médium e o que é do espírito. A afinidade de ambos é muito importante, e fica muito difícil um médium receber comunicações de espíritos com quem não tem grande afinidade. Por outro lado, é importante o preparo do médium e sua condição moral.
Os médiuns que têm uma vida dissoluta, de moral duvidosa, têm pouca possibilidade de receber comunicações de espíritos de elevado nível. Um dos fatores que influem bastante na comunicação é a vaidade. É por essa razão que nunca devemos elogiar muito os médiuns, pois eles são simples intermediários e quando se envaidecem do que estão recebendo, acabam por perder a mediunidade. Poucos médiuns são humildes o bastante como o foi Francisco Cândido Xavier, que embora tenha nos trazido páginas belíssimas de elevado cunho doutrinário e de uma correção gramatical perfeita, jamais se orgulhou de seu trabalho, se colocando mesmo muito abaixo de todos.
Conheci um médium em minha mocidade que era extraordinário. Ele curou muita gente, e transportava, quando em transe, remédios, flores, livros e objetos que não estavam no local e que apareciam por encanto em suas mãos durante os trabalhos. Esse nosso irmão ficou famoso por seu trabalho na região. No entanto, faltou-lhe o preparo necessário. A vaidade fez com que ele se julgasse bom demais, e se esquecesse de que ele funcionava apenas como intermediário do plano espiritual. Em razão disso, perdeu a mediunidade. A sua vaidade era tanto que ele continuou dando comunicações. Em vez de receber comunicações dos espíritos, ele produzia suas próprias mensagens, como se fosse ainda dos espíritos. O resultado foi o pior possível. Foi desmascarado e teve que fugir da cidade. Não sei o que lhe aconteceu posteriormente, mas acredito que muitos de nós tivemos culpa pelo ocorrido, em virtude dos elogios que todos lhe faziam. Nosso irmão não estava preparado para exercer a importante missão que lhe foi confiada pela espiritualidade.
Para entender bem o funcionamento da comunicação mediúnica, podemos fazer a comparação com o telefone. O telefone é apenas o instrumento de que nos servimos para transmitir nosso pensamento a outros à distância. Quando o telefone está com defeito, ou a linha tem humildade por exemplo, a comunicação se torna defeituosa, a voz é distorcida, e muitas vezes não conseguimos entender o que está dizendo nosso interlocutor.
No caso da mediunidade, acontece a mesma coisa. O médium não estando preparado, com boa vontade, sem estar ligado moralmente ao trabalho que vai fazer, pode ser vítima de influência de espíritos inferiores, mal intencionados, e trazer comunicações apócrifas ou incoerentes.
É necessário que o médium encare o seu trabalho mediúnico como uma missão, estudando, se preparando, sintonizando seu coração e sua mente com espíritos elevados e amigos, e ai poderá cumprir satisfatoriamente a missão que lhe foi confiada.
Um médium evangelizado, cheio de boa vontade, isento de vaidade ou de presunção, pode ser um maravilhoso instrumento para nos ajudar a todos em nossa caminhada terrena.
Em casa sempre fomos espiritas e assim frenquentamos vários centros. E foi na Templo Espiritual Maria Santíssima qur vi pela primeira vez falar que o médium tem de tomar cuidado com o excesso de vaidade. Talvez por isso que uma vez vi um centro fechar, lá ninguém se entendia e nós frequentadores fomos abandonados, na época não entendia nada do estava acontecewndo lá, mas hoje vejo com clareza o que a vaidade faz com as pessoas.
ResponderExcluirGiseli, assim como em qualquer outro setor da vida temos nossos desafios, no trabalho mediúnico não é diferente. O que mais atrapalha um médium são os próprios amigos deles que os insuflam, fazendo-os acreditarem que são pessoas especiais. Na verdade o médium é antes de tudo um devedor que tem no trabalho uma oportunidade de ajustamento.
ResponderExcluirAbraços minha amiga!
Eli
Eli, sou de formação católica, mas sempre senti que faltava alguma coisa nessa doutrina, procurei outras e me encontrei no espiritualismo, agora acredito ter encontrado o que faltava na Grande Fraternidade Branca, mas hoje depois de frequentar o Templo e analizando as religiões que procurei, vejo que a vaidade não é prejudicial só ao médium, mas a todos que inspiram seus rebanhos. Um padre se tiver a vaidade como inspiração vai levar seu rebanho a pensar e agir de modo erroneo. Temos que tomar muito cuidado com isso e analizar o que vem de Deus e o que vem do homem.
ResponderExcluirAbraços
Vera
Vera, vc foi muito feliz em suas colocações. realmente este perigo todos corremos principalmente quem tem a responsabilidade de conduzir um rebanho.
ResponderExcluirMas graças a Deus tem muitos que estão conseguindo levar a frente esta responsabilidade, mas, infelizmente outros tantos estão caindo!
Estarei sempre aqui para discutirmos estes assuntos!
Fique com Deus!
Eli
Comprei um livro ai no Templo chamado "Aconteceu na Casa Espírita". Ele relata além da vaidade outros obstáculos não só ao médium mas também a todos frequentadores de qualquer religião.
ResponderExcluirÉ um excelente livro, eu indico!!!
Eu também indico e se puder leia também o livro do grande espirita e pequisador Herminio miranda chamado " Diálogo com as sombras"
ResponderExcluirAbraços,
Eli