quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A Necessidade de Amai-vos e Instrui-vos

Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar que estendas a mão socorrista aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.
Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam : "Irmãos ! nada perece. Jesus-Cristo e' o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1860)." [...].
Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento varre a poeira, que também o sopro dos Espíritos dissipa os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro, muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos as provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio dAquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da vossa imortalidade. - O Espírito de Verdade (Paris, 1861)." (Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, 107. ed., p. 130-131).

Porque precisamos estudar?

"[...] em qualquer setor de trabalho a ausência de estudo significa estagnação. Esse ou aquele cooperador que desistam de aprender, incorporando novos conhecimentos, condenam-se fatalmente às atividades de subnível [...]" (André Luiz, Nos domínios da mediunidade, 8. ed., p. 166).
"ESPIRITISMO E EDUCAÇÃO - Doutrina eminentemente racional, o Espiritismo dispõe de vigorosos recursos para a edificação do templo da educação, porquanto penetra nas raizes da vida, jornadeando com o espírito através dos tempos, de modo a elucidar recalques, neuroses, distonias que repontam desde os primeiros dias da conjuntura carnal, a se fizerem no carro somático para complexas provas ou expiações.
Considerando os fatores preponderantes como os secundários que atuam e desorganizam os implementos fisicos e psíquicos, equaciona como problemas obsessivos as conjunturas em que padecem transfugas da responsabilidade, agora travestidos em roupagem nova, reencetando tarefas, repetindo experiências para a libertação.
A educação encontra no Espiritismo, respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no labor produtivo de ensinar a viver, oferecendo os instrumentos do conhecimento e da serenidade, da cultura e da experiência aos reiniciastes do sublime caminho redentor, através dos quais os tornam homens voltados para Deus, o bem e o próximo." (Joanna de Angelis, Estudos espíritas, p.173).
- A alma humana poder-se-á elevar para Deus tão-somente com o progresso moral sem os valores intelectivos?
- O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita.
No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados com adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosa perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.

O que Estudar

"No que diz respeito à Doutrina Espírita, cabe-nos a todos o dever de mergulhar o pensamento nas fontes lustrais do conhecimento, a fim de melhor entendermos os quesitos preciosos da existência, simultaneamente, as leis preponderantes da Causalidade, de modo a podermos dirimir equívocos e duvidas, colocando balizas demarcatórias no campo das conquistas pessoais, intransferíveis...
Um quarto de hora, diariamente, dedicado ao estudo;
Pequena pagina para reflexão, diuturnamente;
Um conceito espírita como glossário para cada dia;
Uma nótula retirada do contexto luminoso da Codificação para estruturar segurança em cada 24 horas;
Uma noite por semana para o estudo espírita, no dia reservado ao Culto Evangélico do Lar, como currículo educativo;
Uma pausa para a prece e singelo texto para vigilância espiritual, sempre que possível...
Sim, todos podem realizar curso inadiável para promoção espiritual na escola terrestre.
O estudo do Espiritismo, portanto, hoje como sempre e' de imensurável significação.
Estudar sempre e incessantemente a fim de amar com enobrecimento e liberdade." (Joanna de Angelis, Celeiro de bençãos, p. 33).
"Consagrar diariamente alguns minutos 'a leitura de obras edificantes, esquecendo os livros de natureza inferior, e preferindo, acima de tudo, os que, por alimento da própria alma, versem temas fundamentais da Doutrina Espírita.
Luz ausente, treva presente.
Digerir primeiramente as obras fundamentais do Espiritismo, para entrar em seguida nos setores praticos, em particular no que diga respeito 'a mediunidade.
Teoria meditada, ação segura.
Disciplinar-se na leitura, no que concerne a horarios e anotacoes, melhorando por si mesmo o proprio aproveitamento, não se cansando de repetir estudos para fixar o aprendizado.
Aprende mais, quem estuda melhor." (Andre' Luiz, Conduta Espírita, 15 ed., p.137-1 39)

O Estudo em grupo

"P - O estudo em grupo e' hoje um método muito divulgado. Este método e' vantajoso para o adolescente ?
R - Tanto para os Jovens como para os adultos o estudo em grupo e' o mais eficiente ate' porque nos não podemos esquecer que na base do Cristianismo, o próprio Jesus desistiu de agir sozinho, procurando agir em grupo. Ele reconheceu a sua missão divina, constituiu um grupo de doze companheiros para debater os assuntos relativos 'a doutrina salvadora do Cristianismo, que o Espiritismo hoje restaura, procurando imprimir naquelas mentes, vamos dizer, todo o programa que ainda hoje e' programa para nossa vida, depois de quase vinte séculos. Programa de vivencia que nos estamos tentando conhecer e tanto quanto possível aplicar na Doutrina Espírita, no campo de nossas lides e lutas cotidianas." (Emmanuel, A terra e o semeador, 6. ed., p. 80-81).

Aliar o estudo à prática

"Pelo menos uma vez por semana, cumprir o dever de dedicar-se 'a assistência, em favor dos irmãos menos felizes, visitando e distribuindo auxílios a enfermos e lares menos aquinhoados.
Quem ajuda hoje, amanhã será' ajudado. (Andre' Luiz, Conduta espírita, 15. ed. P 53). =20 6 - Escola da alma
"[ ..] Estamos defrontados no Espiritismo por uma tarefa urgente: desentranhar o pensamento vivo de Allan Kardec dos principios que lhe constituem a codificação doutrinaria, tanto quanto ele, Kardec, buscou desentranhar o pensamento vivo do Cristo dos ensinamentos contidos no Evangelho.
Capacitemo-nos de que o estudo reclama esforco de equipe. E a vida em equipe e' disciplina produtiva, com esquecimento de nos mesmos, em favor de todos.
Destacar a obra e olvidar-nos.
Compreender que realização e educação solicitam entendimento e apoio mutuo [...]
Somos trazidos 'a escola espírita, a fim de auxiliarmos e sermos auxiliados, no permute de experiências e na aquisição de conhecimento. [...]
Estudar para aprender. Aprender para trabalhar. Trabalhar para servir mais sempre.
Estude e viva.
Pense no valor de sua cooperação na melhoria e no engrandecimento da equipe de que participa, esteja ela constituída no templo doutrinário ou em seu culto domestico de elevação espiritual.
Não esquecer que o seu auxilio ao grupo deve ser tao substancial e tao importante quanto o auxilio que o grupo esta' prestando a voce.'' (Emmanuel e Andre' Luiz, Estude e viva. 6. ed., p. 20-22).

O Estudo como propiciador da Reforma Intima

"- Nenhuma tentativa para o reerguimento moral será' eficiente se continuarmos presos 'a ignorância de nos mesmos! Será' indispensável, primeiramente, averiguar quem somos, donde viemos e para onde iremos, a fim de que nos convençam do valor da nossa própria personalidade e 'a sua elevação nos dediquemos [...]." (Y A. Pereira, Memórias de um suicida, 18. ea., p. 468).
"Qual o meio pratico mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir 'a atração do mal?
Um sabio da antiguidade vo-lo disse: "Conhece-te a ti mesmo"." (Kardec, O Livro dos Espíritos, 72. ed., perg. 919).
"Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porem a dificuldade precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia. Interrogava a consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem e o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda esclarecessem, grande forca adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vos mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tende feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstancia, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: "Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos onde nada pode ser ocultado?"
"Aspiras à posse do conhecimento espírita evangelico?
Iniciemos o aprendizado pela reforma intima.
Disse Jesus: "O reino de Deus esta' dentro de vos"
Descobri-lo e estabelecer as vias de acesso para alcanca-lo depende de nos. (Emmanuel, No portal da luz, 3. ed., p. 15).
"Qual a maior necessidade do médium?
- A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar 'as grandes tarefas doutrinarias, pois, de outro modo poderá' esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão.
Como iniciar o trabalho de iluminação da nossa própria alma?
- Esse esforço individual, deve começar com o autodomínio, com a disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, com o trabalho silencioso da criatura por exterminar as próprias paixões." (Emmanuel, O consolador, 15. ed., perg. 387, 230)
"A AUTO-EDUCAÇÃO e' um processo de busca da perfeição. Para nos, espíritas, não se trata de um processo ilusório, segundo aqueles que julgam ser inatingível a perfeição humana.
Os espiritistas sabem que a perfeição, como a felicidade, não são para o nosso mundo. Mas sabem também que não estaremos eternamente limitados 'as formas de vida da Terra. As vidas sucessivas são meios de aperfeiçoamento do Espírito, visando 'a libertação do ciclo das reencarnações.
A auto-educação, como empenho na afirmação de uma consciência sempre mais esclarecida e reta, corresponde ao esforço que o aprendiz emprega para melhorar-se e engrandecer-se espiritualmente
Ao exortar os seus discípulos a se tornarem perfeitos como o Pai Celestial, Jesus não exigia uma igualdade de perfeição com Deus. Indicava somente o dever do aperfeiçoamento, o caminho da evolução, ensino aplicável a todos nos, por extensão.
Hoje, sob a luz da Doutrina Espírita, a exortação do Mestre torna-se muito clara. O caminho para o Alto acha-se perfeitamente identificado pelos estudiosos com boa vontade.
Se não podemos atingir a perfeição relativa ao nosso Orbe em uma so=B4 vida teremos outras oportunidades. Nosso dever e' o de aproveitar ao Maximo cada encarnação.
A auto-educação e' o meio para isso. O Consolador indica-nos as metas, caminhos, o programa a ser cumprido.
Deter-se na caminhada, perder tempo irrecuperável e' retardamento da chegada, com mais trabalho, mais repetições, mais esforços, quica' mais sofrimentos.

PRECE DE CÁRITAS

PRECE DE CÁRITAS

Psicografada na noite Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, a Prece de Cáritas foi ditada pelo espírito de Cáritas, que se comunicava através das faculdades de uma das grandes médiuns de seu tempo, Mme. W. Krell num círculo espírita de Bordeaux, França.
A médium psicografava em transe e todas as mensagens (Inclusive a Prece de Cáritas) por ela recebidas e as que chegaram até nós encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875, em Bordeaux. Este livro foi publicado no Brasil em fevereiro de 2002 pela Editora Camille Flammarion, de São Paulo, capital.
Segundo o site Portal do Espírito, Cáritas seria Irene, martirizada em Roma no ano de 305, quando das perseguições aos cristãos pelo Imperador Diocleciano. Canonizada posteriormente pela Igreja Católica, ficou sendo conhecida como Santa Irene.
Convertida ao cristianismo, ela tinha duas irmãs. Quando Diocleciano decretou a perseguição aos cristãos, Irene foi acusada de possuir “livros proibidos”. Foi condenada a morrer queimada na fogueira, sendo que suas irmãs foram degoladas à sua frente.
No O evangelho segundo o espiritismo e na Revista espírita, de Allan Kardec, encontram-se também mensagens ditadas por Cáritas, estimulando a fraternidade, a solidariedade e a caridade.
A perfeição das mensagens psicografadas dos maiores nomes da poesia francesa, como Lamartine, André Chénier, Saint-Beuvee, Alfred de Musset e o poeta americano Edgard Allan Poe, dão credibilidade ao trabalho mediúnico de Mme. W. Krell, que na prosa, recebia também constantes comunicações do Espírito de Verdade, Dumas, Lacordaire, Lamennais, Pascal, Esopo e Fénelon, dentre outros.

Deus nosso Pai,
que Sois todo poder e bondade,
dai força àqueles que passam pela provação,
dai luz àqueles que procuram a verdade,
e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus,
dai ao viajante a estrela Guia,
ao aflito a consolação,
ao doente o repouso.
Pai,
dai ao culpado o arrependimento,
ao espírito, a verdade,
à criança o guia,
ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e
esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores,
derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus,
um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra,
deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão,
todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha,
nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição,
queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.
Deus,
Dai-nos a força no progresso de subir até Vós,
Dai-nos a caridade pura,
Dai-nos a fé e a razão,
Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas
O espelho onde refletirá um dia a Vossa Santíssima imagem.

O ALIMENTO DO ESPÍRITO

Bezerra de Menezes

“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; Isto é o meu corpo.”
Mt 26.26


Que são os homens sem água e pão? Desde os primórdios da humanidade, o alimento que perpetua o simbolismo da fartura e da proposição Cristo, do alimento espiritual.  O pão representa os ensinamentos do Cristo, o pão alimenta a alma e nutre o físico.
         Todos os homens se alimentam com o pão em todas as partes do planeta de todas as suas formas e concepções. O pão abençoado sacia a fome daqueles que estão abandonados nas calçadas,  perdidos nas drogas, no alcoolismo, na prostituição, o pão sagrado multiplica com os fluidos da sua representatividade. Assim o Cristo o fez na santa ceia, convidando a todos a se fartarem;  ali o Cristo lhes daria o maior dos alimentos, o pão celestial do amor de um mandamento novo, amando como Ele nos amou e continua amando. No respeito às tradições o pão vem representando o fim da fome, o fim da miséria do corpo, da miséria da alma.
         A todos vós o pão celestial desceu e em cada aplicação dos fluidos uma partícula está alimentando a vossa alma, vossos pensamentos, nutrindo vosso corpo; Na água fluidificada todas as formas de energia ali são condensadas para que o homem da sabedoria sacie sua sede de aprender.  A água é um bem  único no planeta que faz falta a humanidade, a  água e a condutora dos fluidos e em cada gota contem mais nutrientes do que possam pesquisar nossos cientistas da terra, a água transformada com os fluidos, nutre, cura,  liberta. Quanto tempo mais os homens esperarão para saber, tantas águas esquecidas, tantas águas desperdiçadas, quanta sede a humanidade  sentirá, quanta fome os homens ainda passarão?
         Jesus o Cristo lhes oferece um banquete, pão e água para nutrir-lhes para toda a vida. Por que esperais o amanhã se o banquete é agora, por que os homens são tão lentos para entender a sublimidade do momento e das dificuldades que estão lá fora, agis como irmãos, compartilhar vosso pão e vossa água, sejais leais uns com outros, sejais amigos verdadeiros uns dos outros. O que esperais do mundo dos espíritos? Quantos são aqueles que conseguem realmente receber e entender.
         Enquanto o homem ainda mescla a sua vontade com o seu querer a qualquer custo, Jesus o Cristo, confia-lhes nova oportunidade para poder o homem crescer e se transformar.
Irmandade, lealdade, verdade é o que os espíritos têm a lhes oferecer nos momentos difíceis que passará a humanidade, fome e sede, fome do alimento, sede da água, fome do saber, sede de entender, por que  deixar a dor agir primeiro?
Tantos anos alertando a humanidade nesta, e em outras casas, quanto ao perigo real por que passam.  Tantas doenças malignas que já estão dispersas nos ares que  todos os seres que respiram, por melhor que possam purificar o ar o homem, não pode se isolar do mundo e nem impedir que partículas sejam inaladas e até mesmo absorvidas pela pele.
A humanidade enfrentará momentos terríveis jamais vistos, e somente uns poucos conseguirão suportar, por que prestaram atenção aos avisos, e mesmo tendo trabalho, mesmo tendo dificuldades foram se preparando mental, espiritual e fisicamente para enfrentar danos sérios na humanidade.
O homem alcançou progresso extraordinário principalmente na comunicação mundial, mas o que estão fazendo os homens nesta comunicação, prejudicando-se em sua própria forma, vendendo-se em vídeos, vendendo-se a quem quiser comprar.
O homem com tanta tecnologia esqueceu a comunicação do bem, do olhar, do aperto de mão, do abraço, o homem fabricou equipamentos e se afastou do seu próprio ser, o pão espiritual foi esquecido e a água misturada a elementos nocivos que entorpeceram suas mentes.
Meus amados filhos, dias sombrios estão chegando previna-se estai no mundo material, difícil para o homem observar o desencarne de um ente familiar, um pai, um filho, uma mãe, um irmão. Há uma corrente de irmãos trabalhando noite e dia, os socorristas que passam em vossas casas todas as madrugadas, e depositam ali aos que não se esquecem das águas, pois sim, há necessidade da disciplina para não criar o comodismo nos homens. E ali homeopaticamente são colocados os fluidos que vos auxiliarão na prevenção dos males.
Legiões entorpecidas saem às ruas vagando não obedecendo as leis, invadem lhes a privacidade não somente roubando-lhes os bens, mas tirando-lhes algo muito mais precioso o sentimento de segurança no lar. Multidões entorpecidas, guiadas por espíritos cruéis promoverão bandalheiras, e os espíritos de Deus agindo farão suas casas se tornarem invisíveis a estes seres sofridos.
Tantas já foram as orientações para a prevenção, tantas fórmulas foram trazidas para que vos tenhais algo palpável na mão para observarem a realidade dos fatos.
Entendais a ligação entre o pão celeste, a água, e toda a situação que vive a humanidade; vamos preparar nossos pães, nossas águas, vamos alimentar e nutrir nossa alma nossa vida. Abrigai-vos sob o manto de Maria, façais vossa parte mostrando-vos disciplina e ação, que estaremos noite e dia auxiliando-vos nesta transformação.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FENÔMENOS DE BILOCAÇÃO/DESDOBRAMENTO

FENÔMENOS DE BILOCAÇÃO/DESDOBRAMENTO

ERNESTO BOZZANO


O termo Bilocação/Desdobramento pode ser definido como a presença simultânea de uma pessoa em dois lugares diferentes.

Este é um assunto que intriga a muitas pessoas e que está misturado com muitas crenças dogmáticas e misticismos variados é que são citados em muitas religiões do Ocidente ou do Oriente com diversos termos como: desdobramento astral, exteriorização ou emancipação da alma.

Será que é possível o espírito de uma pessoa se desdobrar e poder ir a longas distâncias continentais com a velocidade do pensamento e visitar lugares e pessoas que possui afinidade???

- Para o Materialismo que acredita que existe somente o corpo e não aceita a existência do espírito isto é uma mera fantasia sem nenhum fundamento.

- No Catolicismo se acredita na Bilocação/Desdobramento, pois é um milagre que Deus permitiu a alguns Santos para demonstrar o seu poder e a sua gloria, como aconteceu com São Francisco Xavier é foi muito bem atestado, pois estando na Itália apareceu a Sto. Antônio de Pádua, que se encontrava em Coimbra. Materializou-se em Roma para peregrinas franciscanas.

O outro fato ocorrido foi por volta de 1774, quando Santo Afonso de Ligório, preparando-se para uma Missa, entrou em transe e apareceu ao lado de Clemente XIV, quando ele jazia moribundo no seu leito de morte.

- O Espiritismo sendo uma crença lógica é racional não acredita em milagres ou derrogações das leis naturais, pois busca estudar os fenômenos sobrenaturais.

Na questão 92° do Livro dos Espíritos, tratando do tema:

“Têm os Espíritos o dom da ubiqüidade? Por outras palavras: um Espírito pode dividir-se, ou existir em muitos pontos ao mesmo tempo?”

Responderam os Espíritos:

“Não pode haver divisão de um mesmo Espírito; mas, cada um é um centro que irradia para diversos lados. Isso é que faz parecer estar um Espírito em muitos lugares ao mesmo tempo. Vês o Sol? É um somente. No entanto, irradia em todos os sentidos e leva muito longe os seus raios. Contudo, não se divide.”

Segundo a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec a Bilocação/Desdobramento pode ocorrer com qualquer pessoa e não precisa ser santo, pois pode ocorre de várias maneiras:

O desdobramento trata-se do processo de exteriorização do perispírito do corpo físico. O perispírito, durante este processo, sempre permanece ligado ao corpo por uma espécie de cordão umbilical fluídico. É importante observar que não é um desligamento do espírito, visto que isto só é possível com a morte do corpo físico.

É um estado de relativa liberdade perispiritual, análogo ao sono, em que podemos agir semelhantemente a um desencarnado, podendo nos afastar a distâncias consideráveis de nosso corpo físico.

Também pode ser parcial, que é quando o perispírito não deixa o corpo físico totalmente (situação na qual as faculdades psíquicas são muito ampliadas) ou total, quando o perispírito deixa o corpo físico. Os portadores desta faculdade têm sonhos vívidos, coerentes e nítidos em que assistem a cenas que, mais tarde, descobrem terem sido fatos reais ocorridos em outros lugares.

"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus."

(Mt 5:14-16)

Conto de um Preto Velho


Dando início a uma destas reuniões mediúnica num centro espírita orientado pela doutrina de Allan Kardec, foi feita a prece de abertura por um dos presentes. Iniciando-se as manifestações, pequenas mensagens de consolo e apoio, foram dadas pelos desencarnados aos membros da reunião. 

Quando se abriu o espaço destinado à comunicação de Espíritos necessitados, ocorreu o inesperado: uma médium  fica sob a influência de um Espírito

O dirigente, como sempre fez nos seus vinte e tantos anos de prática espírita, deu-lhe as boas-vindas, em nome de Jesus. 

- Seja bem-vindo, meu irmão, nesta casa de caridade, disse-lhe  o Dirigente;
O espírito respondeu: 

- Boa noite, Fio. Suncê me dá licença prá eu me aproximá de seus trabalhos, Fio?". 

- Claro, meu companheiro, nosso centro espírita está aberto a todos os que desejam progredir, respondeu o diretor da mesa. 

Todos os presentes perceberam que a entidade comunicante era um preto-velho, a entidade continuou: 

-"Vósmecê não tem aí uma cachacinha prá eu bebê, Fio?".

- Não, não temos, disse-lhe o dirigente. Você precisa se libertar destes costumes que traz dos terreiros, que é o de ingerir bebidas alcoólicas. 

O Espírito precisa evoluir, completou o dirigente. 

- Vósmecê num tem aí um pito? Tô com vontade de pitá um cigarrinho, Fio.

- Ora, meu irmão, você deve deixar o mais breve possível este hábito adquirido nas práticas de terreiro, se é que queres progredir. Que benefícios traria isso a você?

O preto-velho respondeu: 

- Preto-véio gostou muito de suas falas, mas suncê e mais alguns dos médiuns não faz uso do cigarro, Fio? Suncê mesmo num toma suas bebidinhas nos fins de sumana? Vós mecê pode me explicá a diferença que tem o seu Espírito que beberica `whisky' lá fora, do meu Espírito que quer beber aqui dentro? Ou explicá prá mim, a diferença do cigarrinho que suncês fuma na rua, daquele que eu quero pitar aqui dentro, Fio? 

O dirigente  não pôde explicar, mas resolveu arriscar: - Ora, meu amigo, nós estamos num templo espírita e é preciso respeitar os trabalhos de Jesus. O preto-velho retrucou, agora já não mais falando como caipira: 

- Caro dirigente, na escola espiritual da qual faço parte, temos aprendido que o verdadeiro templo não se constitui nas quatro paredes a que chamais centro espírita. 

Para nós, estudiosos da alma, o templo da verdade é o do Espírito. E é ele que está sendo profanado com o uso do álcool e do fumo, como vêm procedendo os senhores. Vosso exemplo na sociedade, perante os estranhos e mesmo seus familiares, não tem sido dos melhores. O hábito, mesmo social, de beber e fumar deve ser combatido por todos os que trabalham na Terra em nome do Cristo. A lição do próprio comportamento é fundamental na vida de quem quer ensinar. 

Houve grande silêncio diante de tal argumentação segura. Pouco depois, o Espírito continuou: 

- Suncê me adescurpa a visitação que fiz hoje, e o tempo que tomei do seu trabalho. Vou-me embora para donde vim, mas antes, Fio, queria deixar a suncês um conselho: que tomem cuidado com suas obras, pois, como diria Nosso Sinhô', tem gente coando mosquito e engolindo camelos. 

- Cuidado, irmãos, muito cuidado. Preto-véio deixa a todos um pouco da paz que vem de Deus. Ficam meus sinceros votos de progresso a todos os que militam nesta respeitável Seara".

Dado o conselho, afastou-se para o mundo invisível. Dr. Anestor ainda quis perguntar-lhe o porquê de falar "daquela forma", mas não houve resposta. No ar ficou um profundo silêncio, uma fina sensação de paz e uma importante lição para todos meditarem. 

Autor Desconhecido

Obsessão - Causas - Meios de combatê-la


Valdomiro Halvei Barcellos
A Obsessão jamais se efetua sem a participação do obsedado, seja por fraqueza, seja pelo seu desejo. No primeiro caso, freqüentemente, estão associadas as responsabilidades da Lei de Causa e Efeito e, no segundo Caso, as tendências de comportamento do homem.
Igualmente, fala Emmanuel, em “Estude e Viva”, lição 35, que “é forçoso recordar, sobretudo, que os alicerces de qualquer ambiente espiritual começam nas forças do pensamento”. Complementando seu esclarecimento: “sempre que você experimente um estado de espírito tendente ao derrotismo, perdurando há várias horas, sem causa orgânica ou moral de destaque, avente a hipótese de uma influenciação espiritual sutil”.
Coloca Emmanuel como fatores que mais revelam essa condição da alma, as dificuldades de concentrar idéias em motivos otimistas; indisposição inexplicável, tristeza sem razão aparente ou pressentimentos de desastre imediato, aborrecimentos imanifestos, pessimismos sub-reptícios, irritações surdas, hiperemotividade ou depressão e tantos outros motivos.
Os motivos, as causas da obsessão variam segundo o caráter do Espírito (LM, cap. XXIII,itens 245 a 254):
Vingança contra desafetos do passado.
Desejo de fazer os outros sofrerem, quase sempre por ignorância, inveja, covardia, etc..
Desejo de impor as suas idéias para dominar, desunir, destruir.
Divertimento com a impaciência da vítima, porquanto ao se zangar faz precisamente o quer ele quer.
Apego a pessoas por ligações afetivas do passado.
O meio mais eficaz de combater a obsessão, levando à sua cura, é através da mudança interior do obsedado, quebrando - se, assim, o elo entre a vítima e o obsessor, formado pela lei das afinidades; a aquisição de sentimentos elevados como a humildade, o perdão, a tolerância, a paciência, o arrependimento, condições de fortalecimento da alma para resistir aos arrastamentos sugeridos.
Um tratamento complementar consiste no trabalho de desobsessão, levando ao Espírito obsessor o esclarecimento dos princípios doutrinários, coadjuvando por um serviço de passes com fluidos salutares para fortificação perispiritual. Será necessário levar o espírito perverso a renunciar os seus desígnios: é preciso fazer nascer nele o arrependimento e o desejo de fazer o bem.
Em resumo, pode - se dizer que duas são as medidas essenciais: a reforma íntima de ambos, por suas imperfeições morais, e a prece a Deus e a vigilância nas atitudes, para se guardarem na proteção dos Bons Espíritos.
O tratamento, todavia, deve ser feito, segundo as características de cada processo obsessivo, cujo reconhecimento decorre dos seguintes sintomas (LM, cap. XXIII, item 243.):
Insistência de um Espírito em se comunicar, queira ou não o médium.
Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.
Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos espíritos.
Disposição para afastar-se das pessoas que podem esclarece-lo.
Intolerância para asa críticas feitas às comunicações que recebe.
Necessidade constante e inoportuna de escrever.
Constrangimento físico qualquer, dominando - lhe a vontade e forçando - o a agir ou falar a contragosto seu.
Ruídos e desordens constantes ao redor do médium, dos quais é ele a causa de tudo ou o objeto.
André Luiz em “Missionários da Luz”, cap.XVII, mostra que o tratamento é diferente, conforme o grau de intensidade da obsessão. Relata, inclusive, um caso de “possessão”, dizendo que a obsedada estava “cercada de entidades agressivas, seu corpo tornara - se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava - lhe organismo, desde o crânio até os pés, impondo - lhe tremendas reações em todos os Centros de Energia Celular. Fios tenuíssimos, mas vigorosos , uniam, ambos, e, ao passo que o obsessor nos apresentava um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angústia e inconsciência”. Deixa, finalmente, registrado que o tratamento deve ser sempre na base do amor e do esclarecimento.
No Cap IX de “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz mostra, também, outro caso de possessão, ocorrido num doente de epilepsia, decorrente de dívidas do passado, em que mais uma vez esclarece a importância do amor no tratamento informando que a cura depende do entendimento de cada um.
De modo geral, todos os homens estão sujeitos à obsessão, mas os médiuns, certamente, mais que os outros, enlaçados em tremendas provas, devem aprender, sem desanimar. E servir ao bem, sem esmorecer.
Diz Kardec (LM, cap. XXIII, item 251) que “não há nenhum processo material, nenhuma fórmula, sobretudo, nenhuma palavra sacramental, com o poder de expulsar os Espíritos obsessores. O que falta em geral ao obsedado é força fluídica suficiente. Nesse caso,, a ação magnética de um bom magnetizador pode dar - lhe uma ajuda eficiente”. Em “Obras Póstumas”, capítulo “Manifestações dos Espíritos”, §7°, item 58, Kardec menciona “quando dois homens lutam corpo a corpo, aquele que dispõe de mais fortes músculos é que abate o outro. Com um Espírito tem - se de lutar, não com o corpo a corpo, mas Espírito a Espírito, e é ainda o mais forte que triunfa. Aqui, a força reside na autoridade que se possa exercer sobre o obsessor, e essa autoridade está subordinada à superioridade moral”.
Por isso, “temos, pois, que nos persuadir de que não há, para alcançar - mos aquele resultado, nem palavras sacramentais, nem fórmulas, nem sinais materiais quaisquer”.
Antes, pois, de pretender domar um Espírito mau, que se cuide o homem de domar a si mesmo, e isto ele consegue, através da boa vontade, secundada pela prece e pela vigilância: “Ajuda - te a ti mesmo, e o Céu te ajudará”.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fenômenos mediúnicos dentro da Bíblia


Desde que os Espíritos alcançaram condição para prosseguir na sua caminhada evolutiva, através das múltiplas reencarnações, na espécie humana, o homem há recebido, pela intuição ou por outros meios que lhe facultam os sentidos, comunicações do plano espiritual.
Quando manuseamos a Bíblia, livro considerado sagrado pelas religiões cristãs, encontramos nela expressos inúmeros fenômenos mediúnicos, fenômenos esses classificados, hoje, nas mais variadas categorias.
1 - Voz direta
Este fenômeno encontramos relatado em Êxodo, 20:18, que diz: "Todo o povo, porém, ouvia as vozes e via os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando: e amedrontado e abalado com o pavor parou longe."
Em Apocalipse, 1:10, lemos: "Eu fui arrebatado em espírito um dia de domingo, e ouvi por detrás de mim uma grande voz como de trombeta"...

2 - Materialização
A luta de Jacob com um Espirito é um fenômeno típico de materialização, pois esta só poderia realizar-se na condição do relato bíblico, se o Espírito contendor se encontrasse materializado (Gen. 32:24).

3 - Pneumatografia ou escrita direta
Por ocasião em que se realizava um banquete oferecido pelo rei Balthazar, ao qual compareceram mais de mil pessoas da corte, no momento em que bebiam vinho e louvavam os deuses, apareceram dedos que escreviam de fronte do candieiro, na superfície da parede da sala do rei, o qual via os movimentos da mão que escrevia (Daniel, 5:5).

4 - Transporte
O profeta Elias alimentou-se, graças a um anjo que lhe depositava, ao lado, pão cozido debaixo de cinza (Reis III, 19:5,6).

5 - Levitação
Em Ezequiel, 3:14, lemos o seguinte: "Também o Espírito me levantou e me levou consigo; e eu me fui cheio de amargura, na indignação do meu Espírito; porém a mão do Senhor estava comigo, confortando-me."
Felipe é levado, também, pelo Espírito do Senhor, após receber o batismo (Atos, 5: 39).
Estes fatos enquadram-se, perfeitamente, na classe dos fenômenos de levitação e transporte, obtidos, no século passado, pelo notável médium Daniel D. Home e outros.

6 - Transe
No cap. 15:12 e 13, do Gênese, encontramos o seguinte fato: "Ao pôr do sol, vem um profundo sono sobre Abrahão, e um horror grande e tenebroso o acometeu, e lhe foi dito: saiba desde agora que tua posteridade será peregrina numa terra estrangeira, e será reduzida à escravidão, e aflita por quatrocentos anos."
Daniel também cai em transe e tem visão (Daniel 8:18).
Saulo, a caminho de Damasco, cai em transe e ouve a voz do Senhor (Atos, 9:3 e seguintes).

7 - Mediunidade auditiva
Moisés, no monte Sinai, ouve a voz dos Espíritos, julgando ser a do próprio Deus. (Êxodo, 19:29,20).
Jesus, por ocasião do batismo no rio Jordão, ouve uma voz que lhe diz:"Tu és aquele meu filho especialmente amado; em ti é que tenho posto toda a minha complacência."
Em João, 12:28, lemos: "Pai glorifica o teu nome. Então veio esta voz do céu – "Eu não só o tenho já glorificado, mas ainda segunda vez o glorificarei."
Todos esses fatos comprovam a mediunidade auditiva, tão comum em nossos dias.

8 - Mediunidade curadora
Ao tempo do Cristo, a mediunidade curadora disseminou-se por entre os discípulos, que produziam curas, algumas, pela imposição das próprias mãos, outras, através de objetos magnetizados.
Em Atos, 19:11 e 12, encontramos o relato de que lenços e aventais pertencentes a Paulo eram aplicados aos doentes e possessos, e, graças a ação magnética desses objetos, ficavam curados.
As curas à distância também foram realizadas. O criado do Centurião de Cafarnaum e o filho de um régulo foram curados (Mateus, 8:5,13; e João, 4:47, 54).
Jesus recomendara, quando esteve entre nós, que curássemos. Dizia ele:
"Curai os enfermos, expulsai os maus Espíritos, dai de graça o que de graça recebestes."
(Mateus, 10:8, Lucas 9,2 e 10:9).
É em cumprimento desse preceito que o Espiritismo, além de ser uma obra de educação, procura dar atendimento aos enfermos do corpo e da alma, com a ajuda dos abnegados irmãos espirituais, que se servem dos médiuns passistas, receitistas, doutrinadores e de todos os que, de boa vontade, trabalham em prol da construção de um mundo melhor.

9 - Outras formas de mediunidade
Encontramos, ainda, na Bíblia, Saul consultando o Espírito de Samuel, na gruta de Endor.
Moisés conduzia o povo hebreu, no deserto, acompanhado por uma labareda que seguia à sua frente.
Jeremias o profeta da paz era médium de incorporação. Quando o Espírito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor.
É interessante notar que as práticas mediúnicas, daquele tempo, eram semelhantes às de nossos dias. Para a formação do ambiente, alguns profetas (médiuns) exigiam a música. Assim o profeta Eliseu, para profetizar, reclamava um bom harpista. David afasta os Espíritos obsessores de Saul, tangendo sua harpa.
Podíamos citar ainda muitos outros fatos, que se acham registrados no antigo Testamento, os quais provam, de sobejo, que os fenômenos mediúnicos sempre ocorreram, desde a mais remota antigüidade, mas não é necessário; estes já bastam para provar que a Bíblia é um repositório de mediunismo.
A vontade dos guias era, naquele tempo, transmitida ao povo através dos profetas videntes, audientes e inspirados, que vieram à Terra na qualidade de missionários do Cristo.